Morro do Baú – 10/11/07

Por Dionei.
Na sexta feira à noite, a chuva prenunciava que o dia seguinte seria perfeito para fazer uma
visita ao Morro do Baú. Porém, logo de madrugada, o céu mostrava que o dia não seria tão perfeito assim. O sol com certeza iria sair. Maluquice? Pode ser. Nossa intenção era testar os abrigos de mau tempo.
E foi assim que começou mais uma brincadeirinha.


Sete da manhã, já nas proximidades do morro, as nuvens começavam a refletir o sol ainda baixo no horizonte.

Com este visual começamos o caminho que corta a vegetação das encostas do morro do Baú até seu cume.
À medida que caminhávamos, conversávamos, discutíamos detalhes sobre caminhadas, falávamos muita bobagem, e assim, 1h10 depois, chegávamos ao cume. É provável que se isso fosse feito todos os dias, sempre valeria a pena, pois cada dia tem sua particularidade.


O Sol, agora alto, estava sobre um manto ralo de nuvens, mas que deixava ele refletir sobre o mar. Já na outra face do morro, um vento de arrancar boné. Mas para todos os lados, e graça ao vento frio que soprava, um horizonte amplo e bem definido. Hora de descer.

Para completar o serviço, esticamos até o filhote do Baú. Uma pedra de granito gigante, com uns seis lá 20 metros de altura, que se desprendeu do resto do morro, e não satistisfeita, rachou-se no meio. Uma das paisagens naturais mais bonitas que conheço.

No caminho até lá, passamos por um amontoado de pedras grandes que formavam um labirinto, nas quais estavam engastadas várias pedras arredondadas, do tipo que é encontrado no leito de rios. Lembrando umas aulas de estudo de solos, aquilo era um pedaço de fundo de rio, onde a deposição de material gerou uma rocha sedimentar, que, com a pressão da deposição do solo, foi empurrado pra cima, e sob ação da erosão, formou esse morro do qual falamos. Coisa louca pensar que o fundo do rio foi parar na encosta de um penhasco.


No caminho de volta encontramos um batráquio alpinista, provavelmente também aproveitando o sábado para dar um role no Baú.

Até a próxima.