Buenos Aires - cultural


Buenos Aires possui uma infinidade de atrativos culturais para todos os gostos, teatros, casas de shows, cinemas, galerias, museus, centros culturais, apresentações na rua... Além de ótimas opções para uma boa noite com bons restaurantes, pubs e bares que nunca dormem. Aliás, a cidade não dorme, e começa a esquentar mesmo somente depois das 23hs.

O povo argentino é muito prestativo e receptivo, estão sempre dispostos a ajudar "nosotros" da melhor forma possível e adoram bater um papo. Conhecem bastante sobre o Brasil e os mais politizados sabem da importância da relação comercial que existe entre os dois países. Portanto, esqueça a rivalidade que existe no futebol e aproveite ao máximo as belezas da cidade ao som de tango e um bom vinho.
Outras regras importantes para aproveitar Buenos Aires, esquecer o velho hábito de ficar convertendo a moeda local, pois os preços estão iguais aos praticados no Brasil, e caminhar o máximo que puder. Com um bom guia em mãos você pode percorrer todos os principais bairros da capital sem problema algum e ainda tem o privilégio de presenciar de perto toda a arquitetura rica que ela oferece. Claro que para quem não gosta ou não pode caminhar, a cidade oferece um transporte público decente com várias linhas de ônibus e metrôs, além de táxis bem acessíveis. Aliás, se for usar, use os rádio-taxi aos remixes, pois são cadastrados pela prefeitura e tem melhores taxas.
Mas a regra mais importante e que vale para qualquer lugar que você for visitar é interagir com os costumes locais e não ir em restaurantes brasileiros comer feijoada com caipirinha. Converse com as pessoas, aprenda os hábitos e consuma produtos locais. A viagem vai ficar muito mais gostosa com certeza. Não deixe de experimentar o tradicional alforje e a factura no café da manhã, uma espécie de folhado com recheio doce, muito bom. Também a parrilha no jantar, corte tradicional de carne que é quase que obrigatório. E a criollita, um petisco simples que acompanhado de uma cerveja artesanal argentina (é claro)é sensacional. Aliás recomendo uma marca chamada Otromundo, uma red ale perfeita.

Aliás, Buenos Aires em janeiro é uma delícia, os portenhos possuem o mesmo hábito dos Brasileiros e migram para o litoral nesta época. Ou seja, ruas mais calmas e menos barrulhentas para você usufruir mais ainda as atrações. Eles adoram uma praça, usam para leitura, bate papo e até para pegar um bronzeado. Então porque não aproveitar para conhecer pessoas?
Para facilitar, vou recomendar meus atrativos dividindo-os em bairros para uma melhor localização. Caminhei por todos os cantos da cidade sem ter nenhum tipo de abordagem criminosa. Apenas preferi pegar condução para chegar e se locomover dentro do bairro BOCA, já que pedi informação há um policial que me pediu precaução, já que se tratava do bairro mais perigoso da cidade, mas também deixo registrado que não vi nada de exageros.

Cabildo


Centro
Claro, é onde estão as grandes empresas comerciais, bancos, hotéis internacionais. Mas também
possuem boas opções culturais, a cidade oferece muito culturalmente e o centro abriga boa parte delas. Em toda rua que você passa há opções para um bom tango ou peças teatrais.

O centro é cortado pela avenida 9 de Júlio que é inclusive a mais larga do mundo com 140 metros e que possui uma enormidade de pequenas praças e onde está fincado o Obelisco, monumento comemorativo e ícone da cidade. Além do Teatro Colón que estava em reformas em minha visita e que é um orgulho nacional.

Av 9 de Julio
A casa Rosada e plaza de Mayo são outras atrações importantes da região central, além de belas construções aparentes para todos os lados e ainda a Cathedral Metropolitana, Congresso Nacional e o Cabildo.

Casa Rosada

Obelisco


Congresso Nacional

Plaza de Mayo


Teatro Nacional



Puerto Madero
É o antigo porto da cidade e que foi revitalizado para abrigar uma infinidade de bares e restaurantes ao longo dos seus 4 diques. Ponto novo da cidade com proposta turística e onde para se morar é somente para poucos. Lugar calmo para uma boa refeição acompanhada de malbec argentino. Recomendadíssimo os deques 3 e 4 tanto de dia quanto a noite.
Os Diques



Ponte de La Mujer e Corveta Uruguay


Museo Forbat


Boca

La Boca é um antigo porto onde desembarcaram muitos europeus e onde nasceram os primeiros cortiços e albergues da cidade. Suas casas de zinco coloridas com pinturas de barco, dão um tom todo especial ao bairro, e serviu de inspiração para o tango e poetas no passado. Atrai multidões tanto pelo bucólico caminito quanto pelos apaixonados pelo futebol. La Bombonera, famosa casa do Boca Jr está situada bem no meio do bairro de ruas apertadas e que em dias de jogos deve virar um caos só.

Caminito

Tango nas ruas


Bambonera


Recoleta

Concebido inicialmente para acolher religiosos franciscanos, o bairro sofre alterações com a chegada da classe alta no século XIX que se mudara de San Telmo por força da epidemia que havia se instalado por lá. O Bairro é muito famoso por abrigar o cemitério da Recoleta, onde existem grandes mausoléus de famílias ricas e onde descansa Evita Perón. Ao lado está a Igreja Del Pilar construída em 1716.
Perfeito para caminhadas tranquilas, para apreciar a arte nas praças ou no Museo Nacional de Belas Artes, como no Centro Cultural e Expositores Municipais.




Basílica Del Pilar


Museo Nacional de Belas Artes



Cemitério Recoleta



Retiro

Se mescla com a região central, com uma diferença, menos barrulhento e que abriga além da praça San Martin e a Torre dos Ingleses, muitos palácios. Ótimo para passeios a pé onde se pode apreciar todos os casarões e a arquitetura em geral, além das belas praças. Aqui estão abrigadas muitas embaixadas com arquitetura européia, vale o passeio.



Embaixada do Brasil


Embaixada da França


Plaza San Martin


Torre de los Ingleses


San Telmo

Bairro histórico da cidade onde outrora abrigava a elite e que por conta de uma epidemia de febre amarela no século XIX forçou a emigração para a parte norte. O que impressiona no bairro é a cultura viva exposta nas ruas através das construções, pela feira livre de rua que atrai milhares de pessoas aos domingos e pelas lojas de antiguidades. Estas são mais de 500 espalhadas pelas ruelas, confesso que não visitei muitas, justamente pelos valores altos cobrados pelos objetos e porque pelas ruas você encontra de tudo por valores módicos. Recomendo uma visita a Casa mínima, menor casa de Buenos Aires que pertenceu a um escravo liberto em 1816 e mede apenas 2,10m de largura. No mínimo curiosa, fica na Calle Defensa. Quase em frente está o El Zanjon - sub solo da cidade. E claro, não há como ir a Buenos Aires e não conhecer a Feira de San Telmo, muito famosa pela excentricidade e variedade de produtos oferecidos. Aberto aos domingos das 10hs as 17hs.

Feira

El Zanjon

Casa Mínima